Cadê as Mudanças? - Por Fabio Marques

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Prefeito de Guajará-Mirim

Passados já 120 dias da administração Dúlcio Mendes, na qual muito pouco ou quase nada se pôde observar daquilo a que se propunha este governo, começam a pipocar aqui e acolá resmungos partidos do entremeio do populacho que colocou esta administração no comando municipal e que hoje já desconfiam do voto que pouparam em escrutínio ao Coronel dentista que hoje ocupa a cadeira maior do Palácio Pérola. A partir deste contexto gerado pelas expectativas também já começam a aparecer fórmulas as mais diversas surgidas em meio ao vendaval das discussões acerca da inoperância da administração que hoje ocupa o presente espaço e que também asfixia e coloca em colapso toda a sociedade.
É inegável que a atual conjuntura política apresenta rachaduras e precisa mais que urgente de reforma crítica. Quem critica, conceitua, apresenta propostas e sugere revisões. Quem não critica, seja por preferir ficar em cima do muro ou por ignorância, também acumula a grosso modo os débitos e prejuízos que estamos vivendo há mais de 20 anos e que hoje nos coloca na rabeira do índice de qualidade de vida do Estado de Rondônia.
Ignorantes ou não, estamos aqui a aceitar este estado de coisas como natural. Mas o pior de tudo isso é que muitos aí se conformam com esta situação, enquanto outros até aproveitam. É lógico que também tem gente que se preocupa com as causas do nosso atraso sócio-econômico e também , porque não dizer, politico-social; muito embora somente uma minoria tenha se dado conta das distorções suicidas que este teatro do absurdo que hoje se faz presente e que somos obrigados a presenciar boquiabertos se deve em muito à letargia executiva com direito a evasivas de quem um dia, arriba de palanques, se declarou prestes a resolver a equação de todos os nossos problemas.
O prefeito Dúlcio Mendes, à época da campanha prometeu melhorar a saúde, arrumar a educação, o sistema de trânsito, promover a geração de empregos e impulsionar o comércio. Hoje é de todos sabido que Dúlcio Mendes prometeu mundos e fundos porque não conhecia o orçamento municipal e muito menos como funciona o aparato executivo e por este motivo acabou fazendo promessas que nunca couberam na realidade da cidade. Foram puras e genuínas falácias de palanque com o único objetivo de conquistar votos de inocentes úteis.
A questão das alianças esdrúxulas que fizeram parte do consórcio que acabou vencendo as eleições municipais em 2012 ainda retumbam no inconsciente popular. Com o objetivo de faturar as eleições, os partidos que se juntaram nesta suruba política, todos sabem, não tinham nada a ver em suas propostas e interesses, mas, segundo informes, se mesclaram na base de conchavos, dinheiro, negócios, transações obscuras e do chamado toma-lá-da-cá. É inconteste que alguns destes sujeitos que hoje ocupam cargos de confiança a partir deste “gentleman agreement”, não possuem as mínimas condições para a execução de tal mister.
E assim continua Guajará-Mirim. Ruas às escuras, Saúde pedindo socorro, Educação sem a mínima estrutura, obras e serviços tocados de qualquer maneira, calçadas tomadas pelo matagal, avenidas cheias de crateras, juventude sem emprego, prefeito não sabendo dar respostas à população e população, até o exato momento, sem perspectivas de melhoras.

Autor: Fabio Marques / Conteúdo cedido para o Virtual

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