Escolas Estaduais de Rondônia ficarão 24 horas sem vigilantes

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Vigilantes

A categoria dos vigilantes decidiram realizar nesta segunda-feira (05) uma paralisação de 24 horas em todo Estado, dos vigilantes que prestam serviços nas escolas estaduais, em protesto contra a decisão do governador Confúcio Moura de extinguir com os postos de trabalhos de vigilância, que serão substituídos por câmeras de monitoramento. A decisão do governador já foi oficialmente comunicada às empresas, através do Ofício Nº 3320/13-GAB/SEDUC, que informa que a partir do dia 31 de outubro próximo os contratos não serão mais renovados. Além disso, no DETRAN já estaria em andamento o mesmo procedimento, que poderá chegar à todas as secretarias do Estado. De imediato, serão 2.500 pais e mães de famílias jogadas no drama do desemprego.

Através do Ofício nº. 094/2013/CUT/RO, de 31/07/2013, a Central Única dos Trabalhadores e o Sindicato dos Trabalhadores nas Empresas de Vigilância (SINTESV) solicitam uma audiência com o governador Confúcio Moura para tentar encontrar alternativas para a dramática situação, que se torna mais grave pelo fato das empresas alegarem dificuldades até mesmo, para pagar as rescisões contratuais, devido a falta de revisão anual dos contratos e a atrasos de repasses por parte do governo. A decisão do governador atende, também, às pressões feitas pelo presidente da Assembléia Legislativa, deputado Hermínio Coelho, que a pretexto de denunciar abusos nos contratos deu a desculpa para o governo em vez de revisar e sanar eventuais irregularidades, simplesmente extinguir o serviço.

O SINTESV considera a medida desumana, ao criar mais 2.500 desempregados, e irresponsável, já que o vigilante além da segurança patrimonial, inibe a ação de marginais nas escolas e em suas proximidades. Com essa decisão, a SEDUC já fez redução de 25% dos postos ou 625 vigilantes demitidos e o restante será sumariamente demitido em breve. O Sindicato, com apoio da CUT e da Confederação Nacional dos Vigilantes (CNTV), pretende fazer uma grande campanha pública para denunciar a medida, que considera prejudicial para a comunidade escolar, já que a presença de um segurança armado inibe a violência; bem como, para a sociedade como um todo, pois serão mais milhares de desempregados para agravar os problemas sociais do nosso Estado.
Os vigilantes vão fazer esta paralisação de 24 horas como advertência, buscando sensibilizar as autoridades, especialmente o governador Confúcio Moura, para o drama dessas milhares de famílias que serão jogadas na fila do desemprego. Deverá ocorrer manifestações de protestos em frente ao Palácio e em outros locais, visando denunciar para toda sociedade essa medida arbitrária, já que em todos os governos ao longo da história sempre houve vigilantes nas escolas. Paulo Tico, presidente do SINTESV questiona, “é esse o ‘Governo da Cooperação’ de que tanta fala o nosso governador? Só se for cooperação com o desemprego e a humilhação dos trabalhadores!”.

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