Bancários aderem à greve nacional e paralisam atividades em Nova Mamoré


Bancários em Greve

Bancários de Nova Mamoré iniciaram uma greve por tempo indeterminado a partir desta quinta-feira (19). A decisão já tinha sido anunciada há uma semana no estado e também está sendo realizada em todo o Brasil desde a 0h.

Segundo a FE greve nacional dos bancários, que começa a partir de zero hora desta quinta-feira, 19 é, a exemplo dos anos anteriores, fruto da postura intransigente dos bancos, que novamente ignoraram a importância dos seus empregados e negaram todos os pontos da pauta geral aprovada na Conferência Nacional e entregue ainda no dia 30 de julho à Federação Nacional dos Bancos (Fenaban).

Entre as reivindicações da categoria estão reajuste salarial de 11,93% (5% de aumento real além da inflação), Participação nos Lucros e Resultado (PLR) de três salários mais R$ 5.553,15 e piso mínimo estabelecido pelo Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (Dieese) de R$ 2.860. Atualmente, conforme a Feeb-PR, o salário inicial dos bancários gira em torno de R$ 1.519. Os trabalhadores também exigem o fim de metas abusivas.

Após isso, foram realizadas quatro rodadas de negociações entre o Comando Nacional dos Bancários (coordenado pela Contraf-CUT) e os representantes das instituições financeiras e não houve qualquer avanço, já que os bancos além de apresentarem um índice pífio e provocativo (6,1%) negaram todos os demais pontos da pauta geral, entre piso salarial, Plano de Carreira, Cargos e Salários (PCCS), fim das metas abusivas, fim do assédio moral e as questões sobre segurança, melhoria nas condições de trabalho e no atendimento ao público.

Com a paralisação, as agências e os prédios administrativos terão o funcionamento afetado. Os caixas eletrônicos estarão funcionando normalmente, mas não devem ter reposição de dinheiro.

“E mesmo após as assembleias realizadas em todo o país no último dia 12 de setembro, aprovando e anunciando a greve, os bancos não se manifestaram, não sinalizaram com nenhuma outra tentativa de negociação ou apresentação de um índice mais justo. Portanto, são os bancos que empurram os bancários para a greve. Praticamente induzem os empregados a irem para a rua lutar pelos seus direitos. Ninguém gosta de greve, pois isso complica a vida de toda a sociedade. Com essa postura, além de forçar os trabalhadores a cruzarem os braços, os bancos ainda empurram os clientes e usuários para o autoatendimento, coisa que muitas vezes não é o suficiente e nem o ideal”, avalia José Pinheiro, presidente do Sindicato dos Bancários e Trabalhadores do Ramo Financeiro de Rondônia (SEEB-RO).


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