Zona Rural de Nova Mamoré tem fornecimento de Energia Interrompido

Parte da zona rural de Nova Mamoré, distante cerca de 300 quilômetros de Porto Velho, teve o fornecimento de energia elétrica interrompido, por conta da cheia do Rio Araras, afluente do Rio Madeira, que registrou marca história de 17,88 metros, segundo a última medição realizada pelo Corpo de Bombeiros. Na região do Ribeirão, a medida foi tomada no dia 12 de fevereiro e em Araras, distrito de Nova Mamoré, a energia foi suspensa no dia 14, de acordo com a Eletrobras. Lá, cerca de 100 famílias já foram removidas para abrigos. O procedimento aconteceu por razões de segurança, pois há locais onde a água do Rio Ribeirão está a 80 centímetros dos fios da rede trifásica.

“Tomamos essa medida por precaução, para evitar danos à população que passa com barcos muito perto dos fios, correndo risco”, explica a gestora local da Eletrobras, Lucineia Andrade Freire. A medida não deve afetar o fornecimento em Guajará-Mirim e Nova Mamoré. “A distribuição de energia é seccionada. Para faltar energia em razão de alagamentos em Guajará, a água teria que chegar na Subestação, na entrada da cidade, o que é muito difícil, pois está muito longe do rio”, afirma Lucineia.

Há um monitoramento das torres de alta tensão de Porto Velho até Guajará-Mirim por técnicos e engenheiros da Eletrobrás, que analisam os riscos e preveem possíveis situações de falta de energia neste período de cheia. A situação de Surpresa, distrito de Guajará-Mirim está contornada. Havia risco da população ficar sem fornecimento, pois a energia elétrica dessa localidade depende de combustível para alimentar os motores, e esse produto está escasso em Guajará-Mirim, em razão do fechamento da estrada usada como desvio, por causa das inundações nas pontes da região e más condições das rotas alternativas. Isolada

O desvio que começou a ser usado para garantir acesso a Guajará-Mirim e Nova Mamoré, cidades que ficaram isoladas por conta da cheia recorde do Rio Madeira, em Rondônia, está bloqueado, segundo a Polícia Rodoviária Federal (PRF). Moradores de uma comunidade interromperam o tráfego de veículos, mas não há informações sobre os motivos da interdição. Uma equipe da PRF está no local para negociação. O desvio tem cerca de 200 quilômetros, e recebia caminhões de combustíveis, alimentos e água para abastecer as cidades. Mas a Defesa Civil de Guajará afirma que a estrada não oferece condição para a passagem de veículos pesados. A BR-425 está fechada para o tráfego de veículos desde que o Rio Araras transbordou e deixou parte da rodovia federal alagada.

Fonte: G1/RO

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