Rio Madeira Sobe Para 19,07 e Governo já Trabalha Sob Situação de Desastre


O governo de Rondônia trabalha agora sob enfrentamento de desastre, um mês após a decretação de situação de emergência por causa das enchentes nos municípios de Porto Velho, Nova Mamoré, Guajará Mirim, Rio Crespo, Rolim de Moura e Santa Luzia do Oeste. A Coordenação Estadual da Defesa Civil já contabiliza mais de 11 mil pessoas impactadas nestas regiões. Na capital, Guajará Mirim e Nova Mamoré, o fenômeno é decorrente da elevação recorde do nível do rio Madeira, que atingiu 19 metros há dois dias, superando todos os registros até então. O Parque de Exposição dos Tanques, na capital, está sendo preparado para receber mais famílias das áreas inundadas.

Ao mesmo tempo em que se preparam para receber desabrigados, as equipes dos organismos que compõem a Defesa Civil também concentram foco na assistência aos alojamentos, a fim de proporcionar mais dignidade às famílias.

Desastre
A situação de Emergência na capital levou o governo do estado a declarar Estado de Emergência e assumir as ações de enfrentamento ao desastre. Uma das primeiras providências foi a mobilização imediata dos órgãos que compõem a Defesa Civil e criar uma sala de situação, que funciona no quartel do Comando Geral do Corpo de Bombeiros, que trata ininterruptamente dos recursos humanos disponíveis, catalogação dos locais e famílias atingidos e monitoramento do nível do rio, que é feito a cada 15 minutos com dados da Agência Nacional de Águas – ANA.
O coronel bombeiro Lioberto Caetano, comandante geral do Corpo de Bombeiros coordena as frentes de trabalho, que incluem ainda Força Nacional de Segurança, Exército, Polícia Militar, secretarias estaduais e municipais, além de organismos privados, cuja ação é feita de acordo com protocolo internacional das ações de Defesa Civil.

Todo o trabalho reúne 152 voluntários de órgãos públicos e privados, sem contar os bombeiros militares, policiais militares, policiais rodoviários e pessoal da Marinha e Aeronáutica.
Cerca de 50 veículos, entre automóveis, barcos, aeronaves e caminhões são utilizados ininterruptamente no transporte de famílias, de pessoas doentes, suprimentos, transporte de pessoal.
Atualmente existem 470 famílias instaladas em 42 abrigos. Mas os números são alterados a cada momento. Há casos de famílias que passam a ser acolhidas por famíliares e amigos e deixam os alojamentos oficiais. Há ainda famílias que abandonaram suas casas e se instalaram em habitações em lugar considerado seguro.
Passada a primeira fase da ação contra as enchentes, que foi a retirada das famílias, cujas casas foram inundadas, e acomodação delas em abrigos, passou-se à fase de assistência, que é feita com alimentação, remédios e outros serviços.
Nos abrigos oficiais, um verdadeiro batalhão de voluntários e profissionais atuam para que a acolhida seja digna. Há frentes que cuidam dos serviços como parte elétrica e recolhimento de lixo, por exemplo, pois nos casos das escolas a estrutura passou a ser mais exigida agora.
Cada abrigo tem à sua disposição uma psicóloga e, em alguns também um assistente social, que fazem o acompanhamento das demandas geradas pelas mudanças no ritmo de vida das pessoas assistidas.


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