Em Guajará-Mirim, o Rio Mamoré sobe a cada dia e a Defesa Civil começa a retirada das famílias dos Bairros Triângulo, situado às margens do rio e cercado por igarapés, e Cristo Rei. São calculadas 51 famílias atingidas, sendo que 33 destas estão sendo removidas para abrigos, casas de parentes, ou se mudando para casas alugadas. Essas casas são alugadas e a prefeitura anunciou que estuda a possibilidade de oferecer um benefício para pessoas cadastradas que comprovem não ter condições de arcar com os custos. Nesta terça-feira (11), o rio atingiu o nível de 11,92 metros, um aumento de 16 centímetro em 24 horas, de acordo com a Defesa Civil.O mau cheiro da água que invade as casas preocupa os moradores. A dona de casa Elisângela Miranda da Silva, que mora no Cristo Rei há 12 anos, decidiu deixar o local com a família. “Vou alugar uma casa, mas ninguém está ajudando. Quando acabar a cheia a gente volta para cá. Não temos para onde ir. A prefeitura só está ajudando na mudança com a caçamba”, diz Elisângela, ao ver a água invadir o quintal.
No Bairro Triângulo, o rio avança e os moradores temem a situação. Aline de Castro, que mora no bairro há 24 anos, conta que já sofreu com outras alagações. “É a terceira vez que alaga assim. Até agora não tivemos ajuda. Temos que sair porque o rio está subindo muito rápido. Vamos tirar dinheiro não sei de onde para alugar uma casa”, preocupa-se. Segundo a Marinha, até o mês de abril o Bairro Triângulo vai continuar a sofrer com alagamentos ocasionados pela elevação do Rio Mamoré, por conta do período chuvoso, que contribui para a elevação das águas.
/> Fonte: G1/RO
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