BR-425 (Foto:Reprodução/ VirtualMamoré)
Essa rodovia, tão importante para o desenvolvimento da região, não oferece condições seguras de tráfego para veículos normais e nem de emergência. No entanto, em 20 de março recebeu do Departamento Nacional de Infraestrutura de Transporte (Dnit), a ordem de serviço (Nº 005/2013) para conservação, que prevê a manutenção e recuperação de alguns trechos dela pela a Construtora Capital LTDA, que ainda não iniciou os trabalhos.
O senador Acir Gurgacz e o deputado Moreira Mendes, ao ser questionado pelo secretário de Agricultura, Pecuária e Regularização Fundiária (Seagri), Evandro Padovani, sobre o lamentável estado de conservação da BR 425, recebeu deles a informação que o processo de licitação para restauração desta BR está marcado para o dia 17 de maio.
Rondônia vem realizando importantes obras, em termos de rodovias estaduais, mas que, por força de legislação, não pode interferir e nem realizar serviços de recuperação em estradas federais. “Se o governador Confúcio Moura determinar a restauração de uma rodovia federal ele será processado e enquadrado em crime de responsabilidade e improbidade administrativa”, acentuo Moreira Mendes.
O senador Acir Gurgacz, afirmou que diariamente visita o gabinete do general Jorge Fraxe, secretário-geral do Dnit, cobrando soluções para as rodovias de Rondônia. Evandro Padovani apresenta números oficiais revelando que a região oeste guarda em seus campos um rebanho com mais de 500 mil cabeças de bovinos e uma produção de leite superior a 110 mil litros de leite/dia, o que na verdade não justifica o abandono desta rodovia.
Turistas e riquezas
Com belas paisagens naturais as margens da BR 425, com o atrativo de compras de produtos importados na Bolívia, dezenas de ônibus lotados com turistas de outros estados movimentam nos finais de semana à pacata e centenária cidade de Guajará-Mirim. Lucram os donos de hotéis e restaurantes que geram emprego e rendas, mas que também reclamam da péssima conservação da BR 425.
“Com o vai-e-vem de veículos em determinados trechos, o asfalto praticamente desapareceu no leito da estrada, surgindo buracos e crateras que obrigam os motoristas, em zigue-zague a verdadeiros atos de malabarismo. Escapa de um buraco, cai numa cratera, sai da cratera, derrapa para valeta. Estoura pneu, quebra ponta de eixo, e por vai, os prejuízos são incontáveis”, conta o secretário.
Texto: José Luiz Alves
Fotos: José Luiz Alves
Fonte: Seagri
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