Com açougue temático, trio de Guajará diz ser menor torcida do Galo no Brasil

Eles são poucos, mas apaixonados. Dayan, Evângelo e Natasha formam, provavelmente, a menor torcida do Galo no Brasil. Eles dizem ser os únicos torcedores guajaramirenses – quem nasce em Guajará-Mirim (RO) – do Atlético-MG e até se divergem na hora de nomear a torcida: “A menor torcida do Galo” ou “A maior torcida do Galo de guajaramirenses”. Contudo, guardam boas histórias de paixão pelo clube.

Dayan Saldanha, hoteleiro, é tão louco pelo Atlético-MG que fez um bate-volta e em menos de 24 horas, percorreu 7 mil quilômetros, de Guajará-Mirim (RO) para Belo Horizonte só para ver o time ser campeão da Libertadores. Ele conta que sua paixão começou quando viu a Seleção Brasileira ser composta por vários jogadores do Atlético, entre eles, Reinaldo e Eder Aleixo, seus ídolos.
- Nunca tinha visto o Galo ser campeão de um grande título e quando surgiu a oportunidade, não pensei duas vezes e fui pra Belo Horizonte. Quando cheguei no hotel, só tinha torcedor do Olimpia, mas não me intimidei. Fui para a fila do estádio 5 horas antes do jogo começar, mas valeu a pena ver meu time ser campeão. A torcida, com certeza, é a melhor do Brasil, foi muito emocionante – conta Dayan Saldanha.

Evângelo Vassilakis, torcedor do Galo em Guajará-Mirim (Foto: Dayanne Saldanha)
O professor Evângelo Vassilakis diz que começou a torcer na época que morava em Minas Gerais, na década de 70. Conta também que fez algumas loucuras pelo time, mas que “não convém contar”. Fã do ex-jogador Reinaldo, Evângelo gosta de ver Diego Tardelli e Ronaldinho Gaúcho em campo.
- Eu era criança e estava em BH quando o Atlético foi campeão em 71. Lembro de ver papel picado sendo jogado pelas janelas dos apartamentos para comemorar a vitória, era lindo – lembra o professor.

Natasha Lucino teve o time como herança. Seu pai, já falecido, era torcedor fanático, e sempre incutiu nela essa paixão. O açougue que era de seu pai, hoje passou para o primo Mayk Lucino, flamenguista; que manteve a pintura do Galo Vingador na frente do ponto comercial alvinegro em homenagem ao tio.

O local, não é o ponto de encontro oficial dos torcedores quando se reúnem para ver os jogos, que aliás, acontece esporadicamente. Mas passou a ser um ponto de referência na cidade do interior de Rondônia que tem 41,933 habitantes (IBGE 2011) e faz fronteira com a Bolívia.
- Acho que só tem a gente mesmo. Vem pessoas de fora morar aqui, pode ser que algum seja atleticano, mas não conheço – conta Dayan, sobre o trio de torcedores do Atlético-MG em Guajará-Mirim.

- Meu maior sonho é ir ao Independência assistir a um jogo – conta Natasha.

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