Atoleiros Formados após cheia dificultam Transporte na BR-425

Viajar de Guajará-Mirim para o Acre ou até para Porto Velho pela BR- 425 continua sendo um desafio para muitos motoristas. O nível dos rios ao longo da rodovia já baixaram, mas alguns trechos ainda são críticos, em outros, após a água baixar, o asfalto ficou danificado e, com a chuva, formam verdadeiros atoleiros.

Com frequência os veículos pesados atolam e logo se formam filas intermináveis de carros e caminhões. Em um dos trechos, uma carreta carregada com papel tombou e toda a carga foi parar dentro da água.

Para quem segue pela BR-364 a atenção deve ser redobrada. A água também deixou marcas na estrutura da ponte construída há mais de cem anos. Há três meses, quando o tráfego pela ponte sobre o Rio Araras foi interditado pela primeira vez, não era possível ver as tábuas da estrutura. Agora que o nível baixou, elas já estão visíveis, mas a recuperação definitiva da estrutura ainda não tem data para começar.

Para passar, os motoristas contam com a ajuda dos funcionários de uma empresa contratada pelo Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes (Dnit) para os trabalhos provisórios. O taxista Francisco Aguinaldo conta que faz o percurso três vezes por semana. “A gente estava passando pelo desvio, mas agora que secou estamos passando por aqui mas ainda está uma dificuldade grande pra gente com essas pranchas soltas. Tomara que melhore pra gente voltar a trabalhar igual a gente estava”, reclama.

Quem passa pelo trecho ou mora na região pede melhorias urgentes, como a autônoma Aucione Claudino. “Viemos trazer a família aqui, atolamos lá em Guajará, atolamos aqui perto da ponte. É uma situação que imaginávamos que tivesse sido, pelo menos, amenizada, mas não foi. Onde que foi o dinheiro? A verba? E quem transita todos os dias aqui? Dá muito medo, eu tava parecendo que iria infartar”, diz.

O produtor rural Edmar Martins espera que medidas sejam tomadas para normalizar o tráfego na rodovia. “Esperamos apoio, principalmente de estrada. Estamos aguardando o poder público e os órgão competentes para dar apoio para nós lutarmos e superar as dificuldades que estamos vivendo. Principalmente os alunos possam receber apoio, pois da maneira que está não tem como trafegar”, ressalta.

Para evitar ainda mais prejuízos nos ônibus, a empresa que oferece o transporte interestadual está transferindo os passageiros em um trecho da BR-364. Quem viaja de Porto Velho a Guajará-Mirim anda parte do caminho num ônibus novo e o trecho ruim da BR-425 tem que viajar em um veículo com mais tempo de uso.

Fonte: G1

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