CHEIA – Cota do nível do rio Madeira está em 19,69m e as consequências ruins da enchente


A cota do nível do rio Madeira em Porto Velho neste sábado (29) está em 19,69m de acordo com aferição realizada às 07h15 pela Agência Nacional de Águas (ANA), um recorde histórico que vem provocando um caos não só na capital, como Distritos do Baixo e Médio Madeira, ao longo da BR 364 e outro municípios como Rolim de Moura, Cacoal, Guajará-Mirim e Nova Mamoré.

O números divulgados pela Defesa Civil do município em relação as áreas afetadas pela cheia histórica do rio Madeira são impressionantes. Na capital 12 bairros foram atingidos – deixando submersos principalmente os da área portuária e ribeirinha, como Cai N’Água, Baixa União e Triângulo e outros da zona Norte pela Estrada do Belmont.

Além disso onze unidades de saúde se encontram alagadas com água até a altura do ar-condicionado. São cerca de seis famílias atingidas, desabrigadas e desalojadas – conta-se nesse caso as que foram resgatadas pela Defesa Civil e as que saíram por conta própria de suas residências. No distrito de Jacy-Paraná, os poços da antiga sede foram fechados por causa das águas que tomaram conta de boa parte da cidade. O cálculo do prejuízo está avaliado em mais de 1 bilhão de reais e é apontado por historiadores, autoridades e moradores pioneiros como o maior desastre natural da história de Porto Velho.

SAÚDE E LIMPEZA 
A Secretaria Municipal de Saúde (Semusa) da Capital deu início as providências no que tange respeito a proliferação de doenças transmitidas em conseqüência da cheia após a confirmação de 17 casos de leptospirose dos 63 casos investigados e que estavam sob suspeição. Com a previsão do Sistema de Proteção da Amazônia (Sipam) da vazante do rio Madeira ocorrer somente na segunda quinzena de abril, quando as águas devem abaixar, a Semusa já está mobilizada para prevenir a população atingida de outros problemas, como o consumo de peixes contaminados e que estão sendo pescados em áreas de esgoto por populares, também ataques de animais peçonhentos, como escorpiões, aranhas e cobras.

Segundo dados da própria secretaria já foram registrados no período de janeiro a março 43 casos – sendo 26 picadas de cobras, com maior incidência em fevereiro, quando ocorreram 22 ataques – com 14 picadas de cobra. Sobre a sujeira e acúmulo de lixo que são trazidos com as águas pútridas de algumas áreas alagadiças em Porto Velho e distritos atingidos, a Prefeitura alertou que está montando uma força tarefa para fazer uma limpeza criteriosa, indo de casa em casa, dando ênfase nos 12 bairros que estão alagados na capital. Essa força tarefa terá além da Semusa o reforça da Secretaria Municipal de Obras (Semob) e da Secretaria Municipal de Serviços Básicos (Semusb), que ficarão responsáveis pelo recolhimento do lixo.

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